Frase foi dita durante entrevista sobre casos de suspeita de assédio sexual por Daniel Donize

Um parecer da Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa, ao qual o Jornal de Brasília teve acesso, datado de 22 de setembro de 2025, recomendou a admissão da representação contra a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania). A representação foi movida por servidoras e ex-servidoras que trabalharam no gabinete do deputado Daniel Donizet (PL), acusando a parlamentar de quebra de decoro por suas declarações sobre o “teste do sofá” em uma entrevista na TV Globo.
A decisão da Procuradoria-Geral (Parecer-PG N° 448/2025-NAMD), que corre em sigilo, é baseada na conexão e relação de prejudicialidade deste caso com as representações anteriores que investigam as denúncias de assédio sexual contra o Donizet.
Um parecer da Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa, ao qual o Jornal de Brasília teve acesso, datado de 22 de setembro de 2025, recomendou a admissão da representação contra a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania). A representação foi movida por servidoras e ex-servidoras que trabalharam no gabinete do deputado Daniel Donizet (PL), acusando a parlamentar de quebra de decoro por suas declarações sobre o “teste do sofá” em uma entrevista na TV Globo.
A decisão da Procuradoria-Geral (Parecer-PG N° 448/2025-NAMD), que corre em sigilo, é baseada na conexão e relação de prejudicialidade deste caso com as representações anteriores que investigam as denúncias de assédio sexual contra o Donizet.
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A representação contra Paula Belmonte baseia-se em uma declaração feita por ela em 1º de setembro de 2025, durante uma reportagem que abordava a suspensão do mandato do deputado Daniel Donizet. Na ocasião, a deputada, que também ocupa a função de Procuradora Especial da Mulher na CLDF, afirmou
“eu não estou dizendo que acontecia, a gente está fazendo essa investigação, mas o que a gente via era exigência de passar pelo teste do sofá para se manter no gabinete, o que nós não podemos aceitar, de maneira nenhuma.”
O grupo de servidoras e ex-funcionárias, que também já havia registrado Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do DF contra a deputada por difamação e calúnia, argumenta que a fala da deputada é “totalmente desprovida de base fática” e configura ofensa direta à integridade profissional e pessoal das mulheres, lançando “pecha depreciativa” e gerando “profundo constrangimento”.
As representantes alegam que a conduta de Belmonte se amolda a um “procedimento incompatível com o decoro parlamentar” (art. 13, XII, Res. 341/2024), por se tratar de uma imputação pública gravíssima, que afetou a dignidade da representação popular e a imagem institucional da CLDF. A gravidade é acentuada, segundo o documento, pelo fato de a deputada exercer o cargo de Procuradora da Mulher, uma posição vocacionada à proteção dos direitos femininos, e não à “difusão de estigmas que generalizam, diminuem e sexualizam a atuação de servidoras públicas”.
O pedido das representantes é pela instauração do Processo Disciplinar e, ao final, a perda do mandato da Deputada Paula Belmonte.
Um parecer da Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa, ao qual o Jornal de Brasília teve acesso, datado de 22 de setembro de 2025, recomendou a admissão da representação contra a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania). A representação foi movida por servidoras e ex-servidoras que trabalharam no gabinete do deputado Daniel Donizet (PL), acusando a parlamentar de quebra de decoro por suas declarações sobre o “teste do sofá” em uma entrevista na TV Globo.
A decisão da Procuradoria-Geral (Parecer-PG N° 448/2025-NAMD), que corre em sigilo, é baseada na conexão e relação de prejudicialidade deste caso com as representações anteriores que investigam as denúncias de assédio sexual contra o Donizet.
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A representação contra Paula Belmonte baseia-se em uma declaração feita por ela em 1º de setembro de 2025, durante uma reportagem que abordava a suspensão do mandato do deputado Daniel Donizet. Na ocasião, a deputada, que também ocupa a função de Procuradora Especial da Mulher na CLDF, afirmou
“eu não estou dizendo que acontecia, a gente está fazendo essa investigação, mas o que a gente via era exigência de passar pelo teste do sofá para se manter no gabinete, o que nós não podemos aceitar, de maneira nenhuma.”
O grupo de servidoras e ex-funcionárias, que também já havia registrado Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do DF contra a deputada por difamação e calúnia, argumenta que a fala da deputada é “totalmente desprovida de base fática” e configura ofensa direta à integridade profissional e pessoal das mulheres, lançando “pecha depreciativa” e gerando “profundo constrangimento”.
As representantes alegam que a conduta de Belmonte se amolda a um “procedimento incompatível com o decoro parlamentar” (art. 13, XII, Res. 341/2024), por se tratar de uma imputação pública gravíssima, que afetou a dignidade da representação popular e a imagem institucional da CLDF. A gravidade é acentuada, segundo o documento, pelo fato de a deputada exercer o cargo de Procuradora da Mulher, uma posição vocacionada à proteção dos direitos femininos, e não à “difusão de estigmas que generalizam, diminuem e sexualizam a atuação de servidoras públicas”.
O pedido das representantes é pela instauração do Processo Disciplinar e, ao final, a perda do mandato da Deputada Paula Belmonte.
Defesa
Em sua defesa, a deputada Paula Belmonte argumenta que a representação carece de qualquer fundamento razoável e é baseada em um “recorte da entrevista, o qual não representa em absoluto o conteúdo geral da fala”. Ela anexou as transcrições da entrevista completa e da parte veiculada no noticiário, destacando que a entrevistadora quem “mencionou, inicial e diretamente, a questão do ‘teste do sofá’”.
A deputada enfatiza que sua fala foi cautelosa, apenas comentando denúncias e suspeitas que já eram objeto de investigação e de domínio público, e não uma afirmação de fatos. A parlamentar ressalta trechos de sua fala que foram omitidos ou desconsiderados na representação.
“Eu não tô dizendo o que acontecia, a gente tá fazendo essa investigação…”
“…as denúncias, as denúncias das mulheres é exatamente o que ele exigia…”