Órgão defende que utilização dos equipamentos pelos agentes durante operações deve reforçar a segurança de quem atua e dos próprios motoristas, além de aumentar a confiança nas abordagens

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) deve iniciar, nos próximos 90 dias, o uso de câmeras corporais durante operações de fiscalização e patrulhamento. A medida, segundo o órgão, tem o objetivo de ampliar a transparência nas abordagens, aumentar a segurança de agentes e motoristas e aprimorar a coleta de evidências em situações de conflito ou infração.
O anúncio ocorre dias após um episódio que levantou debate sobre a transparência e a segurança nas abordagens. Na última sexta-feira (24), um motorista de 32 anos furou uma blitz do órgão em Taguatinga Norte e foi perseguido até sua casa, em Vicente Pires. De acordo com o Detran, o condutor desobedeceu à ordem de parada e chegou a tentar atropelar um agente de trânsito.
Durante a fuga, ele cometeu diversas infrações graves, como direção perigosa, avanço de sinal vermelho e ameaça a pedestres. O homem foi interceptado em frente à própria residência, onde as imagens mostram um agente apontando uma arma de choque em direção ao motorista.
O diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini, classificou o episódio como lamentável e afirmou que o Detran abriu um inquérito para apurar a conduta dos agentes envolvidos, mas ressaltou que a presença de câmeras corporais ajudaria a esclarecer eventuais dúvidas. “Temos o dever de verificar se houve excesso, mas com câmeras é possível uma apuração mais precisa e justa. Elas protegem tanto o cidadão quanto o servidor”, disse.





