Da redação
Presidente barrou flexibilizações que poderiam antecipar o retorno de políticos condenados às urnas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos o projeto aprovado pelo Congresso que alterava pontos centrais da Lei da Ficha Limpa. A decisão, recomendada pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Ministério da Justiça, será publicada nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União e impede que políticos condenados voltem mais cedo ao cenário eleitoral.
Vetos preservam prazo de inelegibilidade
Lula rejeitou duas mudanças consideradas cruciais: a alteração da forma de contagem dos oito anos de inelegibilidade — que continuaria a partir do cumprimento da pena ou do fim do mandato, e não da condenação em si — e a possibilidade de retroatividade das novas regras. Com isso, nomes conhecidos da política, como o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, seguem impedidos de disputar eleições.
Pressão popular influenciou decisão
A manutenção da atual regra foi vista como resposta à mobilização social que vinha se intensificando desde a aprovação da proposta no Senado. “O Planalto avaliou que o desgaste com o Congresso é menor do que carregar a pecha de ‘governo amigo dos fichas-sujas’”, relataram fontes próximas à Presidência.
Arruda segue fora do tabuleiro político
Condenado em escândalos como o mensalão do DEM e a Caixa de Pandora, Arruda tentava articular sua volta ao cenário político do DF em 2026. Com o veto presidencial, os planos ficam comprometidos. O ex-governador ainda não se manifestou publicamente, mas deve recorrer às redes sociais para comentar a decisão.
Congresso terá a palavra final
Cabe agora ao Congresso decidir se mantém ou derruba os vetos. Para que a mudança tivesse validade já em 2026, seria necessária a sanção integral até 5 de outubro, mas ainda não há data definida para a sessão conjunta de deputados e senadores que vai tratar do tema.
Quer que eu reforce mais o impacto direto sobre Arruda na abertura da matéria ou mantenha o foco inicial na decisão de Lula?