Da redação
Arruda, Gim Argello, Agnelo Queiroz e Júnior Brunelli costuram aliança para disputar cargos no próximo pleito, apostando na recuperação política após escândalos de corrupção

Antigos protagonistas de alguns dos maiores escândalos de corrupção do Distrito Federal estão se movimentando para voltar ao cenário político nas eleições de 2026. O ex-governador José Roberto Arruda e o ex-senador Gim Argello lideram uma articulação que pretende formar uma chapa com outros nomes marcados por investigações e condenações.
De acordo com fontes próximas ao grupo, o objetivo é promover uma “volta triunfal” às urnas, sob o argumento de que “o eleitor brasiliense tem memória curta”. A estratégia busca reunir antigos aliados e resgatar redes políticas enfraquecidas após anos de afastamento.
Entre os articuladores estão também o ex-governador Agnelo Queiroz (PT), réu no processo que apura superfaturamento nas obras do Estádio Mané Garrincha, e o ex-deputado distrital Júnior Brunelli, conhecido pelo episódio da “Oração da Propina”, em que foi flagrado recebendo dinheiro de esquema de corrupção.

Condenado a 19 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação na Operação Lava Jato, Gim Argello foi acusado de receber R$ 7,35 milhões em propinas de empreiteiras para blindar executivos em CPIs da Petrobras. Após cumprir três anos de pena, teve sua sentença anulada pelo Superior Tribunal de Justiça em 2022 e recuperou a elegibilidade em 2024.
José Roberto Arruda, por sua vez, ficou marcado pelo escândalo conhecido como “Mensalão do DEM” ou “Caixa de Pandora”. Em 2010, foi filmado recebendo uma sacola de dinheiro entregue por Durval Barbosa, delator do caso. Cassado e preso, o ex-governador tenta reconstruir sua imagem para voltar à disputa eleitoral.
Com promessas de “obras e bênçãos”, o grupo aposta na reativação de antigos cabos eleitorais e no desgaste dos atuais políticos locais para retomar espaço no poder do DF.




