Da redação
Presidente do STF afirma que seguirá no cargo, mas especulações sobre possíveis substitutos circulam nos bastidores

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou nesta quarta-feira (6) rumores de que estaria considerando antecipar sua aposentadoria da Corte. A especulação surgiu após a imposição de sanções ao ministro Alexandre de Moraes pelos Estados Unidos e a escalada da crise diplomática entre os dois países.
Barroso, que tem mandato até 2033, quando completará 75 anos, afirmou que “permanecerá firme” no cargo, mesmo diante da pressão internacional e do crescente desgaste político. A reunião emergencial realizada no Palácio do Planalto em 30 de julho, com a presença do presidente Lula (PT) e dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, alimentou os boatos sobre uma eventual saída.
Nos bastidores, nomes como o do ministro do TCU, Bruno Dantas, o advogado-geral da União, Jorge Messias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o advogado Vinícius Carvalho circulam como possíveis indicados ao STF, caso haja uma vaga.
A tensão institucional aumentou após os Estados Unidos incluírem Moraes em uma lista de sanções com base na Lei Magnitsky, gerando reações do governo brasileiro e do próprio STF. Em nota publicada em julho, Barroso defendeu a atuação da Corte frente a ataques à democracia e negou qualquer tipo de censura.
Enquanto isso, a oposição intensifica a pressão no Congresso, com pedidos de impeachment de Moraes e defesa de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Apesar das turbulências, o STF ainda não se pronunciou oficialmente sobre mudanças em sua composição.