Da redação
Após reeleição inédita no primeiro turno e recuperação fiscal do DF, governador se prepara para disputar vaga no Senado com imagem consolidada de gestor técnico e eficiente
Ibaneis e a virada de gestão no Distrito Federal
Ao assumir o Governo do Distrito Federal em 2019, Ibaneis Rocha (MDB) encontrou um cenário de caos administrativo e um rombo de R$ 7,7 bilhões nas contas públicas, herdado da gestão anterior. A cidade enfrentava obras paradas, serviços sucateados e dívidas com cerca de 165 mil servidores. Com perfil técnico e sem trajetória política tradicional, o então advogado e empresário propôs um modelo de gestão voltado à eficiência e à reorganização fiscal.
Sua atuação marcou o rompimento com a chamada “década perdida” da política brasiliense, iniciada após a crise que derrubou José Roberto Arruda em 2009 e se estendeu pelos governos de Rogério Rosso, Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg. Durante esse período, o Distrito Federal foi atingido por sucessivos escândalos de corrupção, como as operações Caixa de Pandora, Panatenaico e Circus Maximus, que abalaram a credibilidade da administração pública.
Gestão técnica e reeleição inédita
Ibaneis apostou em práticas de gestão privada no setor público, priorizando a retomada de obras, o equilíbrio das contas e a valorização dos servidores. A estratégia resultou em estabilidade fiscal e avanços em infraestrutura, o que se refletiu na aprovação popular. Em 2022, o governador foi reeleito ainda no primeiro turno — feito inédito na história política do DF.
Com o fim do segundo mandato se aproximando, Ibaneis deve deixar o cargo em abril de 2026 para concorrer ao Senado Federal. Com alta popularidade e reconhecido por promover uma administração técnica e pragmática, o emedebista encerra o ciclo no Palácio do Buriti com imagem de gestor eficiente e articulado. Entre aliados, já se fala em uma possível volta ao governo no futuro — o “volta Ibaneis” que ecoa entre eleitores e apoiadores.
