Com tarifa técnica, GDF garante passagens mais baratas no transporte público

Modelo adotado pelo GDF subsidia parte do custo e evita aumento das tarifas até 2026

O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém uma política que assegura a modicidade das tarifas do transporte público coletivo por meio da chamada tarifa técnica. O mecanismo permite que o governo assuma parte do custo das passagens, garantindo equilíbrio financeiro ao sistema e evitando repasses onerosos aos usuários.

A tarifa técnica representa o valor real da passagem, calculado a partir de despesas com combustível, salários dos rodoviários, manutenção e índices inflacionários. O cidadão paga apenas uma fração desse valor, enquanto o GDF cobre a diferença, repassando o montante às concessionárias conforme a quantidade de passageiros transportados.

A tarifa técnica corresponde ao valor real da passagem, considerando os custos do transporte, como combustível, índices inflacionários e salários dos rodoviários. O passageiro paga apenas uma parte desse valor, e o GDF arca com a diferença, que é repassada às empresas por meio do complemento tarifário | Foto: Divulgação/Semob

De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, o instrumento funciona como uma forma de transferência de renda. “Se não houvesse o complemento do governo, a passagem custaria cerca de R$ 13. Hoje, o valor médio pago pelos passageiros é de R$ 3,94, um dos mais baixos do país”, destacou o secretário.

Graças à tarifa técnica, o valor das passagens está congelado desde 2020 e permanecerá sem reajuste até o fim de 2026. As tarifas atuais seguem fixas em R$ 2,70 para percursos curtos, R$ 3,80 para viagens entre regiões administrativas e R$ 5,50 para trajetos longos e o metrô.

O cálculo da tarifa técnica considera o custo total do sistema dividido pelo número de passageiros transportados. Quando há redução na demanda e os custos permanecem elevados, o valor sobe. Em contrapartida, se mais usuários utilizam o transporte e as despesas diminuem, a tarifa técnica cai, reduzindo o aporte necessário do governo.

O modelo, firmado em contratos entre 2012 e 2013, é reajustado anualmente com base na inflação — em setembro de cada ano — utilizando índices como o INPC e o IGP. Atualmente, os valores aplicados nas cinco bacias operacionais do DF são:

  • Bacia 1: R$ 8,5247
  • Bacia 2: R$ 7,9895
  • Bacia 3: R$ 9,4881
  • Bacia 4: R$ 10,7887
  • Bacia 5: R$ 10,2308

O GDF reforça que a política da tarifa técnica é essencial para manter o equilíbrio financeiro do transporte público, assegurar acessibilidade tarifária e preservar o poder de compra dos brasilienses que dependem do sistema diariamente.

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Milton Gonçalves é jornalista e editor chefe do portal edibrasilia.com.br

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