*Por Rafael Frota
Toda história tem um ponto de partida. A nossa começa em Brasília, nas ruas dos subúrbios, com duas crianças inquietas. Pouca grana, poucos acessos, mas muita disposição. Não nos conhecíamos ainda, mas tínhamos histórias muito parecidas. Vendíamos velas no cemitério em Dia de Finados, picolé na rua em dias de calor, catávamos latinhas para revender. A vida não dava facilidades. O que aprendemos cedo é que, se não há oportunidades prontas, a saída é criar. Criar nossa própria oportunidade.
Foi desse solo que a Klimt floresceu.
Não seguimos as rotas comuns dos publicitários de sucesso aqueles que começam como estagiários em grandes agências, se destacam, fazem um nome e assinam projetos de grande visibilidade. A nossa história foi outra. Começamos do zero, recém-saídos da faculdade, com poucos trabalhos na bagagem e muita vontade de fazer diferente. Não tínhamos um manual, então escrevemos o nosso. O que tinha que ser grande não era o escritório, eram as ideias.
Eu e o Renato sempre fomos como fogo e terra. Eu, terra: paciente, resiliente, com os pés fincados e a mente fértil e inquieta. Ele, fogo: veloz, ágil, sempre pronto para avançar. Onde um semeava, o outro acelerava. Essa diferença não nos separou, nos fortaleceu.
Ao longo de 17 anos, crescemos de forma consistente. Mais clientes, mais projetos, mais reconhecimento, credibilidade. Mas o que mais nos orgulha não é o que dá para contar em números, e sim o que se constrói em relações. O intangível. A cultura que criamos, a confiança que ganhamos, a reputação que construímos.
Hoje, olhando para trás, vemos um legado refletido nos gráficos no crescimento constante, nos prêmios conquistados, nos resultados entregues. Mas o nosso valor não está apenas nos números. Ele está também no que permanece na memória das pessoas: a cultura que criamos, as relações que cultivamos, o impacto que deixamos.
Aquelas crianças que um dia criavam suas próprias oportunidades, vendendo picolé, velas e latinhas, hoje fazem a diferença no mundo com projetos que impactam a vida de milhões de pessoas.
Se antes a luta era para mudar a nossa realidade, hoje a missão é transformar realidades ao nosso redor.
Parabéns, Klimt. Que venham muitos anos mais, com o fogo da ousadia e a terra fértil da consistência sempre lado a lado.
