Ministros do STF expressam preocupação com sanções da Magnitsky

Declarações apontam temor no Supremo com possíveis extensões das sanções americanas, que atingem Alexandre de Moraes desde julho

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão preocupados com o impacto das sanções impostas pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC) dos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky, que atingiram o ministro Alexandre de Moraes em 30 de julho. Segundo fontes próximas à Corte, em reportagens da Folha de S.Paulo e O Globo, a inclusão de Moraes na lista de sanções gerou um clima de apreensão entre os magistrados. Uma fonte anônima teria comentado: “Imagine só isso acontecer no estágio de vida deles. Ninguém quer uma coisa dessas”, referindo-se ao impacto pessoal e profissional das medidas.

As sanções, que acusam Moraes de violações de direitos humanos, como censura e detenções arbitrárias no âmbito do Inquérito 4781 (fake news), incluem congelamento de ativos nos EUA, proibição de transações com cidadãos americanos e restrições de entrada no país, com possíveis extensões a familiares.

A decisão, articulada com influência do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e justificada pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, também coincide com a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente Donald Trump, intensificando a crise diplomática.

A reunião de emergência no Palácio do Planalto, em 30 de julho, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do advogado-geral da União, Jorge Messias, discutiu estratégias para lidar com as sanções.

O Globo relatou que Moraes defendeu uma resposta firme, enquanto Lula sinalizou apoio ao ministro, mas buscou evitar escalada com os EUA. A preocupação no STF se intensificou com rumores, desmentidos por Barroso, de que ele poderia antecipar sua aposentadoria, e com a possibilidade de outros ministros serem alvos de sanções, como inicialmente cogitado para Barroso e Mendes.

A oposição, liderada por governadores como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e partidos como PL e Novo, ampliou a pressão com obstrução no Congresso, exigindo o impeachment de Moraes e a anistia aos presos do 8 de janeiro. O STF, em nota, reiterou que suas decisões são constitucionais e visam proteger a democracia, negando práticas de censura. Até o momento, não há confirmação de novas sanções contra outros ministros, mas o clima de tensão persiste no Judiciário.

Fonte: Portal do Callado

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Milton Gonçalves é jornalista e editor chefe do portal edibrasilia.com.br

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