Lula, Ricardo Cappelli e Flávio Dino lideram articulação que ameaça Fundo Constitucional do DF

Mudança no cálculo do fundo, defendida por Cappelli e Dino, gera reação em Brasília e mobiliza a população contra possível perda de recursos essenciais

A recente proposta do governo federal para alterar a correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) acendeu um alerta na capital. O plano prevê a substituição da base de cálculo atual, vinculada à Receita Corrente Líquida da União, pelo índice de preços ao consumidor (IPCA). A mudança preocupa especialistas, que temem impacto negativo nos serviços essenciais de segurança pública, saúde e educação, financiados pelo fundo.

Entre os articuladores da proposta estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT-DF e lideranças do PSB, incluindo o ex-governador Rodrigo Rollemberg e o ex-interventor Ricardo Cappelli. Ambos, derrotados em eleições anteriores no DF, agora atuam em coordenação com o governo federal para implementar a alteração. Críticos interpretam o movimento como uma retaliação política após sucessivas rejeições eleitorais ao PT na capital.

A população brasiliense, que historicamente mantém uma postura crítica em relação às políticas do Partido dos Trabalhadores, vê na proposta uma tentativa de enfraquecer a autonomia econômica e política da região. A governança do atual chefe do Executivo local, Ibaneis Rocha, também contribui para o embate, já que ele adota uma linha de atuação independente do governo federal.

As críticas à mudança no FCDF não se limitam ao possível impacto econômico. Muitos entendem que a proposta simboliza uma interferência direta na gestão regional, minando a capacidade de Brasília de resistir às pressões políticas federais. “Não se trata apenas de números, mas de manter a dignidade e a autonomia da nossa cidade”, afirmam representantes da sociedade civil.

Diante do cenário, cresce a mobilização popular em defesa do fundo. Entidades de classe, movimentos sociais e cidadãos comuns começam a se organizar para barrar a proposta, planejando atos e campanhas de conscientização. O objetivo é pressionar o Congresso Nacional e evitar que a mudança comprometa os serviços públicos e a qualidade de vida na capital.

A preservação do FCDF tornou-se, portanto, mais do que uma questão financeira. Para muitos brasilienses, ela representa a defesa do futuro da cidade contra manobras políticas de curto prazo. A mobilização promete ser contínua e reforça a disposição da população de não aceitar interferências que ameacem a estabilidade e o desenvolvimento regional.

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Milton Gonçalves é jornalista e editor chefe do portal edibrasilia.com.br

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